domingo, 31 de outubro de 2010

Mal empregadinha...!

Repescada daqui.

Obviamente vaca! Mas há alguma dúvida? Se não alinhas fica na tua, filha. Não te metas com as vacas, se faz favor.

Haja pachorra para estas queridas...

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Quando a maioria os quer mandar foder, haja alguém que nos represente



Abaixo os organismos de cúpula, vivam os orgasmos de cópula,
por Daniel Oliveira

Um episódio está a aquecer o Parlamento. Nada tem a ver com os deputados. A semana passada um colaborador do grupo parlamentar do PSD foi apanhado em flagrante delito, às sete da manhã, em pleno acto com uma amiga que não trabalha na Assembleia. A coisa pode parecer apenas interessante contada assim. Mas é muito mais do que isso. O acto aconteceu na sala do plenário. Infelizmente, a interrupção não terá permitido ao arrojado casal levar a fantasia até ao fim. Há sempre um empata.

Antes que a coisa saia na imprensa e comecem as condenações morais, quero deixar clara a minha admiração pelos pecadores. Porque respeito quem faz tudo para cumprir uma fantasia. Porque deram um contributo para a dessacralização do poder, aproximando assim aquele órgão de soberania das verdadeiras preocupações dos cidadãos. E porque, por uma vez, aconteceu qualquer coisa realmente interessante naquela sala (infelizmente não consegui saber qual foi a bancada escolhida). Só lamento que, como de costume, quando realmente alguma coisa de construtiva começa ali a ser feita, seja deixada a meio. O meu abraço aos dois. Próxima aventura: Palácio de Belém?
Parabéns ao intrépido casal porque:

a) Por uma vez que seja, a AR foi verdadeira e matematicamente paritária;

b) Demonstrou cabalmente que neste País a política é fodida. E que de deputado a de putedo pode ir, literalmente, um pintelho, pese embora não ter sido esse aparentemente o elenco desta (des)feita;

c) Às sete da matina já exibiam um ritmo e um grau de actividade que os mais dos deputados habitualmente nem às sete da tarde atingem;

d) Demonstraram que poder é bom enquanto dura, mas há que saber sair de cima quando o tempo de outrem sobrevém ao nosso;

e) Depois de lhes reprovarem o acto na generalidade, tiveram a decência e o bom-senso de passar à especialidade em sede mais recatada;

f) Forneceram o exemplo acabado de como, em Democracia, quaisquer coitados podem aceder sem restrições ao órgão máximo da representação popular (Coito dos Santos novamente na Educação, já!);

g) Demonstraram ainda, para gáudio de uns e vexame de outros, que naquela vetusta sala continua a haver quem use mudar de posição conforme as conveniências do momento.

Tenho dito.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Lez Girls


O estereótipo das lésbicas está completamente ultrapassado. Ainda hoje via esta, em versão portuguesa, sem tirar nem pôr. Já lá vai o tempo das lésbicas camionistas, exageradamente masculinas, sem mamas, cabelo curtíssimo, calças sem formas, amorfas, desmazeladas, e andar à trolha. A L Word tinha-as no todo, como são, hoje. Ainda que de formas e personalidades variadas, cada uma delas representa um mini-estereótipo das lésbicas da actualidade. E lá estava hoje a Shane: o corte de cabelo curto e desalinhado, o rosto esquálido, a beleza feminina dissimulada num ar másculo, carregado de sensualidade. O resto andará por aí, com certeza… As executivas bem sucedidas, as voluptuosas e escaldantes, as inocentes e apaixonadas, as desportistas, as militares, as ex-heterossexuais, as transsexuais, as culturais, etc., etc., etc. Ser lésbica é ser mulher e feminina e nada implica, forçosamente, o contrário. Amam, fodem e vivem exactamente como qualquer outra. Só a DonaInês parece não entender ainda estas estranhas tendências de lamber vaginas e enfiar dedos. “Ai fazem isso? Que grande porcaria, uma coisa tão malcheirosa!”

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Isto é bom

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Tumba!

"Não compliques, um gajo anda aqui para trabalhar e fazer cachopos, por isso não queiras ser tão moderna e complicadinha."

Foi o que lhe disse. Tumba, vai buscar. E ela concordou. Pois claro, também eu concordo. No fundo, é isto mesmo, para quê complicar? E aplica-se a tantas de nós recém pós-adolescentes, ainda na esperança de mudar o mundo, na nossa fúria de emancipação e feminismo, como se quisessemos recuperar qualquer coisa que nos roubaram. Andamos sempre à espreita, à cautela, que nem o papão ou o príncipe encantado ficaram arrumados no baú dos brinquedos. Sempre a rebolar com complexos edipianos - e outros - para trás e para a frente. Que canseira.

Enfim, não deixa de ser uma perspectiva um bocado simplista da vida, mas... lá está: "não queiras ser tão complicadinha". Resta-nos trabalhar para comer e multiplicar-nos para fazer proliferar a espécie e ter alguém que nos alimente quando formos velhos (sobrevivência, again). A beleza deste grande reboliço é saber tornar estas balelas em algo interessante e perceber que nos resta fazer algo que nos dê prazer, seja a trabalhar, seja a foder; seja a transformar qualquer minúsculo dom em algo proveitoso, seja a amar, amar, amar um homem, um filho.

Por isso, simplifiquemos e sejamos felizes. A busca da perfeição em nós e nos outros é inevitável e, de alguma forma, saudável. Mas, mais cedo ou mais tarde, vamos acabar por concluir que o é até certo ponto. Quando nos engole e não resta mais nada a não ser insatisfação, haja alguém que nos relembre a simplicidade humana.

Tau!

Tudo verdade, verdadinha.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Cá dentro inquietação



Também por aqui há inquietação e uma bola de revolta na garganta sem saber por onde lhe pegar. Aqui fica o grito perfeito, de alguém com a devida coragem para o fazer - e são tão raros - rumo a um acordar de consciências. Até quando se vai continuar a navegar no marasmo?

terça-feira, 19 de outubro de 2010

sábado, 9 de outubro de 2010

Love, love will tear us apart again

Pior do que a separação de alguém, o pavor é o da solidão. Ainda que apartarmo-nos de certa pessoa até fosse desejável, é quase sempre evitado para não se ficar só. E quando acontece é o mundo que desaba e desejamos aquele que se foi como pão para a boca, como se dele dependesse a nossa sobrevivência. De repente só nos saem ais em desespero e parece que regressam as certezas de amor eterno, afinal turvadas de solidão. Como dizia o João Gilberto, "fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho". É por isso que nos vamos aconchegando no canto mais confortável da cama e nos deixamos ficar, enquanto tapamos a cabeça com o cobertor quando faz frio ou barulho.

Bom, bom é ter os tomates necessários para mandar tudo às urtigas e tentar, tentar, tentar e voltar a tentar. Nunca percebi porque carga de água isso é tão mal visto... Bem, provavelmente porque voltar a tentar implica assumir que se falhou. Por isso, não. Não me parece que nunca vás conseguir ser feliz. Porque pior do que andar às cabeçadas até acertar é a falta de coragem de o procurar.