segunda-feira, 19 de abril de 2010

Popalhada que eu gosto

Lado B


Há muito boa gente que não gosta do humor do Bruno Nogueira, não gosta do Bruno Nogueira. Pois eu cá gosto. E gostei do que vi ontem. Nota-se claramente que meteu o dedo em quase - para não dizer - tudo. A começar pela banda residente, os Skadillacs, com músicos de Sérgio Godinho, Clá, Jorge Palma. Nota-se que para além de bom gosto musical - a meu ver, claro - demonstra, e isso sem dúvida, uma clara de noção do que são bons musicos e profissionais.
Para além do décor engraçado, colorido, vivo, original (diametralmente oposto ao do Herman 2010), lá vieram os fantásticos Deolinda com um grande single. Às vezes após um primeiro álbum muito bom, parece surgir um enchimento de chouriços meio apressado para ver se a onda não passa. Pois não foi nada o caso, os Deolinda regressam em grande, com continuação de bom tempo: originalidade, aprumo e consistência. Dispensava só um bocadinho do overacting da Ana Bacalhau.


Obs: O RAP está gordo e xoxo.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Sempre em grande



E agora ouvem-se na rádio.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Rufus



"...My mother's in hospital
My sister's at the opera..."

For God's sake man! Rufus, que é feito de ti nos tempos de Want One e Want Two? Como diz o meu grande amigo e ex-fã, Manuel, não me parece que se façam as pazes desta vez. Parece que o que mais há de comercial se sobrepôs ao génio e foi resvalando para um "fazer por fazer".

Vale-nos uma tal de "Give me what I want and give it to me now". E pronto.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Soa a outros sons

Isto


Soa tanto a isto



E é tudo tão bom.

sábado, 10 de abril de 2010

Kate


Ouvi-a pela primeira vez enquanto girava no carrossel da Feira de Março. Lembro-me como se fosse hoje. Não sei porquê aquela música entrava-me no espírito, dava-me uma prazer imenso. Ainda maior que todas aquelas giratórias, subidas e descidas a uma velocidade quase estonteante. E lá ia eu atirada contra girafas e leões, no meu banquinho preferido, zonza de tantas voltas, animais, música e aquela voz nasalada que dizia: Mais uma voltinhaaaaa!

Estranhos sítios para ouvir boa música. Mais estranho ainda memorizá-la em plena alucinação feirante. Voltava sempre àquele carrossel, naquele ano, daquele mês de Março, na esperança de ouvir novamente aquela música que me transportava melhor ainda para outras dimensões.

Lembro-me ainda de a ouvir em repeat nas visitas de estudo, a meias com o meu parceiro de estudos e conversas, Bué. Que recordações tão banais e ainda assim tão presentes na minha mente. Há, de facto, músicas que têm este efeito. Ainda hoje a oiço com o mesmo prazer, há nela um misticismo que nunca hei-de conseguir perceber, quanto mais explicar. No dia em que acontecer vou deixar de gostar dela como agora e constato que o mesmo se aplica a tantas outras coisas da vida.

sábado, 3 de abril de 2010

Pescadinhas de rabo na boca

É incrivel a influência da televisão na música que ouvimos durante o dia. Nunca na rádio ou em espaços comerciais se ouviu tanto a banda sonora de um anúncio ou de uma telenovela. Sejam eles repescadas ou descobertas, para o bem ou para o mal.

Eu adorei esta a primeira vez que a ouvi no anúncio da Super Bock. Era a Brandi Carlile, The Story.

Depois de se ouvir até ao enjoo, surtiu o seu efeito: enjoei mesmo.

Ultimamente é por todo lado, esta:

"Dou-te um doce em troca de um beijo salgado, nanananana", da saudosa Lena d'Água. Muito culpa da dita novela "Perfeito coração" e do resgate que lhe fizeram do baú das velhinhas.

Prova disto mesmo é ainda o que se tem ouvido de Ornatos, quando já ninguém se lembrava que existiam. E porquê? Porque esse grande êxito de audiências, de nome Ídolos, lançou o jovem Filipe que - dono de bom gosto musical - resolveu encantar as hostes co um tema dos Ornatos.

Como os Ornatos entretanto acabaram, surgiram inclusivé grupos no Facebook sedentos de que os mesmos regressem, promovem-se programas sobre os antigos Ornatos, e lançam-se projectos de ex-membros, como é o caso de Foge, foge Bandido do cabecilha, Manel Cruz.

Impressionante. Mesmo.