sábado, 27 de dezembro de 2008

Preciosismos

É impressão minha ou a parte instrumental da música "Por quem não esqueci" do álbum a solo do Tim, é exactamente igual a "With or without you" dos U2?

Digo eu...

Pedagogias


All my loving, Beatles

Pela tarde ouvi esta. As recordações que isto me trouxe...! Nada mais nada menos que a Mrs. Amanda, no seu sari. Euzinha no 5º ou 6º ano a aprender inglês a cantar. Era assim que ela nos ensinava da melhor forma, pelo menos para mim. Punha-se em frente ao quadro, escrevia a letra, que rapidamente nos apressávamos a copiar para o caderno, sacava da viola e lá começava as cantilenas. Foi assim que se me entranhou esta língua, de ouvido, através da música. Muitas vezes dava por mim a tirar dúvidas através de músicas que me lembrava. Por exemplo o uso do present continuous que se aplica em regra nalgumas situações. A frase era "I can't help ...(think)" e não é que me lembrei logo da música do Elvis "I can't help falling in love with you"?

Ai a Mrs. Amanda... tenho saudades desses tempos. O meu precoce fascínio pela Índia a ela se deve. Ainda hoje a oiço cantar "Head and shoulders, knees and toes, knees and toes! And eyes, and ears, and mouth and nose! Head and shoulders, knees and toes, knees and toes!"

E com esta me fico.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

domingo, 2 de novembro de 2008

Bom, mas bom!


Never miss a beat, Kaiser Chiefs

sábado, 18 de outubro de 2008

Vazio


A Casa, Rodrigo Leão

Esvaziar aquilo que foi levanta poeira inesperada. Faz ressurgir o tudo e o nada. Parece querer apagar bocados grossos de vida. Há que limpar paredes, chão e tectos. Preparar espaço para os outros. Os bocados certos da vida.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Dá-mo a mim yeah!


Give it 2 me, Madonna

Acabou assim o concerto. Com uma força que não pensei que esta música tivesse. A mensagem não é muito elaborada mas diz aquilo que é preciso. Vai lançando impulsos de força, de coragem, de independência, de confiança, de segurança naquilo que se vale. Caso não se entenda, vem no final o toque alucinado "Get stupid!".

Muito na onda de "Jump", a composição musical nao é nada por aí além, mas o modo como está construída aliada à letra (e ao grande parceiro, Pharrell) deixa-me cheia de energia, imbuida de cojones para seguir em frente, porque no one's gonna show me how e no one's gonna stop me now, porque I can go on and on and on, até ao enjoo!

sábado, 27 de setembro de 2008

Sons à beira-mar plantados

Lembrei-me há dias das afamadas discussões despoletadas para o espaço público acerca da música portuguesa que passa na rádio. Em tom de quota imposta, lá se ouviam vozes que defendiam uma percentagem mínima obrigatória de música portuguesa nas rádios nacionais, enquanto outras se debatiam pela máxima da qualidade acima de qualquer tem-que-ser.

Constata-se agora que, após tal lei ter, de facto, avançado aquilo que ouvimos actualmente não se trata de música portuguesa a martelo, para calar os senhores que regulam essas tretas. A verdade é que, quer queiramos quer não, começámos a ouvir mais daquilo que se faz por cá e, a bem da verdade, nada de pimbas e foleiradas como tanto se temia. Creio que funcionou até como um impulso a que se produzissem coisas novas, um alento a quem é realmente bom naquilo que faz e vê, assim, aberta uma frecha, de um mundo que anteriormente era bem mais fechado.

Não concordo com quotas de qualquer espécie. Acredito que o mérito deve ser alcançado com vontade e trabalho, como recompensa de qualidade. Mas se servir para cortar com certos lobbies... sou levada a recuar o meu lado mais fundamentalista. Da mesma forma, não me entra muito bem que certos grupos/intérpretes nacionais tenham que usar outra língua, como se isso os catapultasse melhor ou os fizesse aspirar a outros idolos/ideais e, de alguma forma, esta medida soou-me a um impulso também no sentido de minimizar essa necessidade.

Recentemente têm surgido imensas bandas portuguesas com trabalhos francamente bons. Muito mais do que há uns anos atrás. É um facto e é de louvar.

Hoje

dia mau - ornatos violeta

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Fresquinhas #2

Ainda pelo que se faz em terras lusas.


Conto de fadas de Sintra a Lisboa, Os Pontos Negros

Feel the sun

The hungry saw, Tindersticks

Esta voz é daquelas inconfundiveis. Rapidamente se associa este timbre à banda. Não tem nada que enganar. É como o saxofone dos Morphine.

O novo álbum destes senhores saiu este ano, por alturas de Abril, e só o estou a descobrir agora. O título inspira-me algo "a doer", mas pelo que se ouve é até bastante romântico, muito docinho, embora triste. Enfim, o tom é o mesmo a que já nos habituaram.

Gosto da voz rouca feminina que vai fazendo "uuuu's" como se os arrastasse.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Fresquinhas


Na minha rua, Anaquim


Com selo LA, é certo, mas parece-me melhor agora.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Hoje é dia..., bebé


Business time, Flight of the conchords

A gozar à grande com o estilo Barry White. Mas se nem tomarmos atenção à letra... parece muito bem, hein? É o que se passa com muitos outros casos no panorama musical. Mas a verdade é que aqui o voo do concorde, até assim, é bem melhor que as Celines Dions da vida. Fora esses pequenos pormenores analíticos, vá lá... É muito bom este som e, aliás, aborda uma temática bastante latente na sociedade actual!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Rosa azulado ou azul rosado


Boys wanna be her, Peaches

Fechou assim o dia. Com uma pequena passagem por determinada letra televisiva em ângulo recto, do alfabeto, concluo que mulher pode rimar com homem, excepto quando a rima é rebuscada demais e... não "apetece". Agrada-me a cada vez maior hibridez dos géneros, embora as bases que nos distinguem estejam sempre por lá. Faz-me romancear sobre a egalité, seja sob que premissa for. É bonito, sei lá...

And now for something completely different


Putas em Portugal e no Mundo, Irmãos Catita

E hoje um apontamento sui generis. Aqui fica esta pérola protagonizada por esta bela trupe. De realçar os bons músicos que a compõem, a poesia audaz perfeitamente integrada na métrica, os deliciosos apontamentos delico-doces no final de cada quadra quando se pronunciam as maiores indecências e o toque épico da melodia com pequenos laivos profundamente irónicos do hino português. Por fim, de assinalar o vibrato destas vozes possantes, como cereja no topo do bolo.

Impecável.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Tututurututururu Tututurututururu


Tom's Dinner, DNA com Suzanne Vega

Começou assim o início da tarde, rumo à segunda etapa do dia. Foi também, assim, que se deu o "clic" para um novo ciclo de boa disposição e energia. Um som boa onda e um ansiado trago de café transformaram-me o dia. Chega de nuvens a poluirem-me a visão periférica, corpo dorido e cabeça cheia.

Ay, abrázame esta noche

Neste momento, na RTP2, Rodrigo Leão. É daqueles concertos sem grandes conversinhas, surpresas ou animações. É a música e as emoções puras e duras, porque o bastam tal como são. Sem acessórios de festarola.

Daqueles concertos com uma energia fora do vulgar, de músicos de sorriso largo no final de cada música pela simples satisfação do momento, pelo prazer, pela pica e pelo regozijo do público.

Entre as vozes escolhidas, os instrumentos e os jogos de intensidades diriamos que não é produto português como é tão de nosso tom, não é?

Muito, muito bom. De encher a alma e revigorar para um novo dia.

Porque me inquieta. Porque me liberta. Por me ser vital.


Inquietação, José Mário Branco

"Enquanto alguém fizer vibrar o instrumento" múltiplas são as sensações, as experiências, as memórias e as transformações que nos tocam. Enquanto as palavras e as notas nos fizerem mover, nos impelirem a agir e colorirem a aparente apatia da vida, exultemo-la. Deixemo-nos vibrar, sonhar, reflectir e brincar com a razão.

Vivamos na dança, na doce melodia da fantasia. E do choro. E do riso.

Que aquele acorde nos acorde.