É impressionante como os enfeites de nome próprio continuam na moda. São os doutores, os engenheiros, os arquitectos. Até a Amélia que se conhece desde os 5 anos - que nem sequer, alguma vez, teve um curso superior ou foi médica - é doutora Amélia. Foi ela que, nos tempos dos narizes ranhosos, até a assoava com a ponta da saia, enquanto fazia bolos na cozinha com a mãe, mas perante um eventual encontro no espaço profissional é a doutora Amélia. Mais pelos outros do que pela Amélia, como se aos outros lhes faltasse o chão se alguém, algum dia, ousasse não tratar a Amélia como doutora Amélia.
Falta-me franca paciência para este tipo de ensinamentos e assistir a eventuais advertências quando estes enfeites são omitidos.
Algo se passa nestas cabeças. Falta de ocupação, de sexo, de auto-estima, de terapia, quiçá.
Pior ainda só resolver a minha cabeça e arrancar das entranhas a tranquilidade aquando destes episódios dramáticos.
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