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Tão cansado de nada
tão cansado de tudo o que há no nada
tão meu
tão certo e arrependido
tão teu
distante e perplexo
tão vosso e ignorado
tão do tempo
tão da noite
tão destes dias cegos
- entre o conhecido e o desconhecido
tão perdido
tão perdido e oculto
como levado pelo vento.
Artur do Cruzeiro Seixas, Obra Poética-II
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