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Eu que sou rapariga para acreditar em vidas passadas, já decidi que fui dançarina de cabaret, assim ao estilo Moulin Rouge. Confirmam-me a capacidade de alçar a perna até à orelha, o bichinho por tudo o que envolva música e dança, a exaltação do poder do mulherio, a mistura de uma boa dose de sexualidade e, provavelmente, aliaria à dança a bela arte da prostituição. Fina, claro. A musa lá do antro, conhecedora das mais sofisticadas técnicas do prazer, como ofício. Lá me repousaria entre veludos vermelhos até à hora de apresentar todo o meu esplendor aos mais lânguidos olhares masculinos. Entregar-me-ia a quem quisesse, só porque podia. E, um dia, render-me-ia ao galã mais cobiçado que me desejava e bajulava apenas a mim, após grande luta contra a submissão de um coração irremediavelmente romântico.
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