quinta-feira, 15 de julho de 2010

E (ainda) o aborto...

A lunática Isilda Pegado volta à cena para massacrar tudo e todos com a velha ladaínha do aborto como método contraceptivo. A meu ver, o que sempre importou nesta discussão foi até que ponto uma mulher (ou os casais) deve(m) ou não ter o poder de decisão nesta questão. O mais desagradável e desgastante no meio de tudo isto foram os argumentos usados na defesa do Não, nomeadamente os referidos por esta senhora. Porque se canalizam fundos que não iriam para os apoios à família e aos desempregados? Porque existem menos crianças e consequentemente menos professores e menos emprego? Porque é mais fácil fazer um aborto do que usar o preservativo? Porque os médicos podem declarar objecção de consciência mas não podem dissuadir as mulheres?

What a bunch of crap. Puro enchimento de chouriços misturadinho com areia para os olhos da malta. Coitadinhas das mulheres que são praticamente empurradas a abortar! Ó cara Isilda, devo então concluir que as mentecaptas das mulheres deste país, pobres desventuradas analfabetas, precisam de si no seu Dolce & Gabana para pensar e decidir por elas. Naturalmente que quem faz um aborto, fá-lo por gosto, como dizia a outra. Que saudades do tempo das mulheres parideiras, enfiadinhas na igreja e de boca fechada, hein Isilda?

Aborrece-me de morte esta insistência lunática na discussão quando já toda a gente percebeu que se trata de uma questão de consciência individual. Trata-se de ter opção, de poder decidir sem que isso signifique que se seja pró-aborto. Muito pelo contrário.

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